quarta-feira, 30 de maio de 2012

Adoradores de Mamom ou de Cristo?


 “Sobre terra ou mar, onde Deus mandar irei”. No início essa é a frase que geralmente permeia o ideal das pessoas que se sentem vocacionadas a uma missão. Restringindo mais um pouco: pessoas que se sentem chamadas para pregar ou cantar. Em outras palavras e na linguagem evangélica, aquelas são chamadas a ministrar e estas a adorar.

Vivemos um mundo marcado pelo consumo desenfreado e muitas vezes inconsequente. A busca pelo Ter não se mostra nem um pouco preocupada com os resultados funestos que possam ocorrer. O Ser caiu de moda. O Ter em detrimento do Ser é o caminho. Quando essa é uma ação praticada no mercado financeiro há de se perceber que isso faz parte do cerne desse seguimento. No entanto, quando essa maneira de agir caracteriza quem se diz seguir a Jesus fica inconcebível tal semelhança.

Parece que os evangélicos estão perdendo o rumo quando não questionam essa realidade onde tudo está voltado para o dinheiro. Deus está sendo confundido com bens materiais. Precisamos ter em mente versículos como “de graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8b). Pois ao entrarmos em contato com pessoas que querem dá seu testemunho ou pregar, quase todas, quase todas mesmo, cobram para falar daquilo que Jesus fez em suas vidas. Entretanto, ao invés de cobrança pelo serviço prestado ao público, elas dizem apenas ser uma oferta de amor recebida para a manuntenção do seu ministério.  “Pregadores e pregadoras” que mais se parecem com artistas do que com pregadores da Palavra de Deus. Não dá pra entender como um pregador que diz falar em nome de Jesus cobre por uma mensagem até 15 mil reais. O pior é que têm Igrejas e eventos que pagam. Só pra lembrar: o salário mínimo é de R$ 622 e a maior parte dos brasileiros vivem com ele, incluíndo muitos evangélicos dessas igrejas que mantem esse sistema que nada tem de parecido com o Reino de Jesus.

E o que dizer da área musical na igreja. Passamos de adoradores para artistas ávidos pelo sucesso. Está sendo usada as mesmas categorias do mercado, tanto por quem contrata, como por quem é contratado. Exigências como hotéis 5 estrelas e carros de luxo para o transporte até o local do show, que muitas vezes é um templo, está sendo tão normal que caso nao seja cumprida as exigências, às pessoas que dizem ser canal de bênção para o povo de Deus, não vão e ponto final. Isso porque outro pastor e/ou líder contratante estará realizando essas patologias megalomaníacas. Também não dá pra entender como existem igrejas que pagam até 7 mil reais para um cantor participar de um culto e cantar no máximo 30 minutos ou algumas músicas. Em um culto ele ganha o que a maioria dos pastores e pastoras não ganham em três meses de trabalho. Sem falar no sustento dos missionários e missionárias que estão no campo, muitos até passando necessidades.

Em Mateus 6.21 Jesus disse que “onde estiver o seu tesouro, aí estará o seu coração”. O coração simboliza a realidade interior em que  a vida encontra sua verdadeira expressão. A busca pelo reconhecimento e afirmação de muitos cantores e pregadores faz com eles se tornem cada vez mais dependentes das compensações e, consequentemente, mais alienados. Perderam a capacidade de se ver. Perderam o contato com a realidade. Vivem a partir de uma grande fantasia criada por eles mesmos. A fronteira entre a realidade e a ilusão é bem estreita.

O louvor e a pregação tem se tornando cada vez mais funcional e menos pessoal. Diz mais respeito ao fazer do que ao ser. Precenciamos a perda da sabedoria e da santidade na sociedade (Igreja) que busca cada vez mais técnicos e especialistas. Quer trazer uma pregação ou um louvor abençoado para a sua igreja, traga, se puder pagar é claro, o que está no topo da fama ou aquele que está com sua agenda lotada. A Igreja não valoriza mais o sábio, mas o expert ou o técnico. Em outras palavras, aquela pessoa que é, na linguagem evangélica, “uma das maiores autoridades” em determidada área.

Muitas igrejas vêm se transformando em centro de entretenimento religioso. Perdemos a noção do que significa ser cristão.

Vamos parar por aqui, embora esse assunto continue se atualizando no nosso cotidiano, lembrando a parte da música citada no início dessa reflexão que encorajou muitos corações vocacionados no passado e que nos dias atuais parece ter perdido não só seu sentido, como sofreu alguns acréscimos: “Sobre terra ou mar, onde Deus mandar (claro que mediante pagamento, ou melhor, oferta de amor) irei”.

Com base na Palavra de Deus aprendamos a ser os “verdadeiros adoradores que adoram ao Pai em espírito e em verdade”.

 Fábio Porto

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe uma expressão do amor de Deus


A linguagem humana não consegue declarar a essência – Mãe – essa dádiva de Deus à humanidade. Por mais que os poemas e as músicas tentem, não conseguem definir o que é ser mãe. Assim sendo, não queremos tentar enquadrar as mães em alguma categoria que possa ser compreendida por nossa razão ou até mesmo pelos sentimentos. O que desejamos é apenas louvar a Deus pela sua criação.

Quem lê essas palavras já teve o privilégio de ser, pelo milagre da criação, envolvido pelo ventre materno por alguns meses de aconchego, proteção, carinho e tudo mais que apenas o amor pode conter. Por esse processo passaram até mesmo aquelas que hoje tem a satisfação de ser mãe, mainha, mamãe... e ao sair do conforto do útero somos envolvidos por braços que acolhem e nunca cansam de amar por gestos inefáveis. 

Portanto nesse dia que chamamos dia das mães, onde temos plena convicção de não ser apenas esse dia e sim todos os dias, horas, minutos, segundos e momentos, que demonstram o amor de mãe, queremos homenagear todas as mães agradecendo a Deus pela existência dessas que dão ao mundo a certeza do verdadeiro amor. Em outras palavras, mãe é também uma expressão do amor de Deus por nós, e deste modo, não tentemos explicar o inexplicável, e sim, viver intensamente esse amor de mãe.

Um xero no coração da minha mainha: Nice!!!

Parabéns a você que é mãe!!



Fábio Porto