A palavra páscoa é usada, a princípio, na língua
portuguesa para designar a festa dos judeus. No hebraico o termo é “pasach” que
significa “saltar por cima”. A tradição bíblica se apropriou dessa palavra para
narrar o episódio onde o anjo da morte saltou por cima das
casas onde havia a marca do sangue do cordeiro pascal, resultando assim, na
morte dos primogênitos dos egípcios. Logo depois disso, Faraó permitiu a saída
do povo de Javé da escravidão no Egito (Êxodo 12). Deste modo, ficou
estabelecido por Deus que a páscoa deveria ser sempre lembrada e festejada,
pois as festas para os Israelitas servem para reviver no presente o passado que
marcou a sua história. A escravidão é algo a ser amargamente relembrado. A
liberdade é a maior dádiva que possuímos. O cativeiro destrói as pessoas, mas o
Espírito de Deus concede liberdade.
Em 1 Cor 5:7 lemos que Cristo é a nossa Páscoa.
Essa confissão faz alusão à liberdade conquistada por Jesus na cruz, o êxodo
cristão. A páscoa no Antigo Testamento marcava a saída da escravidão e o início
de Israel. Da mesma forma, o Cordeiro Pascal, nos liberta da escravidão do
pecado e nos proporciona um salto para uma vida cheia de graça e de liberdade.
Nossa espiritualidade a partir da obra
reconciliadora e redentora de Cristo deve ser marcada pela gratidão a Deus, e
pelo amor compartilhado entre nós seus filhos e filhas, a fim de que, a Páscoa
tenha em nós o seu verdadeiro sentido: liberdade!
Portanto, Cristo nos chama para uma vida sem
escravidão moral, ética e espiritual. Onde cada um de nós possa saltar por cima
de tudo aquilo que atrapalha o nosso êxodo cristão que tem como finalidade: a
saída do cativeiro para a vida, e vida abundante em Cristo Jesus, o
Cordeiro Pascal.
Fábio Porto
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